Ops não é bem assim!

sábado, 13 de junho de 2009

1. Se você não tem nenhuma parente com câncer no seio, não precisa se preocupar.
A genética tem um peso importante para o desenvolvimento da doença. Por outro lado, o câncer de mama atinge cerca de 10% das mulheres, independentemente dos antecedentes familiares. Por isso, devemos ir ao ginecologista pelo menos uma vez por ano — ou antes, caso perceba algum caroço no auto-exame, que deve ser feito todo mês, uma semana após a menstruação. Depois dos 40 anos, a mamografia anual é indispensável. “O auto-exame às vezes passa batido por nódulos menores e nunca deve ser a única forma de prevenção”, lembra Simone Noronha, oncologista do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo (SP). Quem tem casos da doença na família precisa antecipar a mamografia a partir dos 35 anos.

2. Não há por que fazer exames para identificar doenças sexualmente transmissíveis (DST) se não tenho sintoma.
Há muita DST por aí que você juraria ser invenção do médico, não fosse o exame dar positivo. O HPV, por exemplo, que atinge 25% das mulheres sexualmente ativas, pode ser assintomático. Depois de uma lesão inicial, que muitas vezes some sozinha, a sífilis pode ficar latente por anos. A gonorréia às vezes se manifesta num incômodo na hora de urinar e depois... nada! No início, o herpes genital não passa de uma ferida, que costuma sarar em 15 dias, embora o vírus esteja lá. Já a hepatite C e a Aids normalmente aparecem mais para a frente, quando a doença está adiantada. Ou seja, é melhor não brincar com a história e se proteger, tanto com camisinha, para não pegar a doença, quanto com exames de rotina, para confirmar se está tudo bem. Não estranhe, por exemplo, se o seu gine-cologista pedir o teste para detectar o HPV (papilomavírus humano), ainda que você jure transar sempre com preservativo. Como explica o ginecologista Wagner Gonçalves, esse vírus, responsável por 99% dos casos de câncer de colo do útero, pode ser transmitido no mero contato dos genitais durante as preliminares, quando a camisinha ainda não foi colocada.

3. Quanto mais a gente sua fazendo exercício, mais calorias estamos queimando.
Sempre que nos exercitamos a temperatura do corpo sobe, pois as contrações musculares produzem energia e calor — mais ainda se em ambientes quentes e abafados. Para evitar um efeito estufa interno, o organismo procura dissipar esse calor sob a forma de suor, composto por água e sais minerais. “Aí pode ocorrer uma perda ou diminuição de peso, não porque o corpo queimou calorias, mas porque deixou escapar líquido”, diz a nutricionista Patricia Bertolucci. É necessário hidratar-se logo depois, para repor o que foi perdido. E pensar numa dieta menos calórica casada com exercício, se o seu negócio é emagrecer.

4. Chocolate diet é melhor do que o chocolate normal para quem quer perder peso.
Nem todo produto diet tem menos calorias. Recebem esse rótulo aqueles formulados para dietas específicas, com eliminação de um nutriente, como o glúten, por exemplo. “O chocolate dietético não contém açúcar, porém, recebeu mais gordura para manter a consistência”, explica Deise Pinatti Marsiglia, diretora do Serviço de Alimentos do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Se for para escorregar no regime, melhor ficar com a barrinha tradicional.

5. Quem não vai ao banheiro uma vez por dia deve sofre de disfunção gastrointestinal.
O mais comum é evacuar diariamente, mas há quem passe uns dias sem ir ao banheiro sem que isso tenha a ver com doença intestinal. Pode ser normal para o metabolismo da garota, ainda mais se ela não apresenta desconfortos, como gases e barriga estufada. Segundo Arnaldo Lichtenstein, clínico geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mais importante que contar no calendário os dias em que vai ao banheiro é observar a consistência das fezes, que não podem estar ressecadas nem pastosas além da conta. O ressecamento pode provocar hemorróidas e fissura anal. Já fezes líquidas podem ser sinal da síndrome do colo irritável, distúrbio muitas vezes associado à depressão ou à ansiedade.

6. Parar de fumar engorda.
Não. Há ex-fumantes que até emagrecem. Acontece que, além de gastar energia com o (mau) hábito, quem fuma tende a comer menos porque o cigarro satisfaz a compulsão oral, isto é, a ansieda-de de colocar alguma coisa na boca. Longe do cigarro, a garota passa a suprir essa compulsão comendo tudo que vê pela frente, começando pelos doces, que dão sensação de prazer. Junte a isso um olfato mais apurado, que melhora o paladar, para devorar uma terceira fatia de torta de chocolate e ver o peso subir rapidinho. “O ideal é substituir o fumo por hábitos saudáveis, como a prática de alguma atividade física, e um cardápio equilibrado, com calorias sob medida”, diz Sérgio Ricardo Santos, coordenador do Núcleo de Apoio à Prevenção e Cessação do Tabagismo, em São Paulo. Os exercícios, inclusive, são uma ótima válvula de escape para controlar a ansiedade. Quando bater a von-tade de beliscar, experimente tomar alguns goles de água, comer baby cenouras e frutas secas, como damasco e ameixa.

7. Depois dos 30 anos, não precisamos de tanto cálcio, já que os ossos já estão formados.
Até essa idade, os ossos estão em pleno desenvolvimento. Dos 30 aos 45 anos, há um período de estabilidade, mas não se deve relaxar na ingestão de cálcio. “É hora de formar reservas desse mineral para a menopausa, quando o cálcio é retirado do organismo e a osteoporose tende a se instalar”, diz o clínico Arnaldo Lichtenstein. Você encontra cálcio no leite e derivados, em vegetais de folha escura (couve e brócolis), na soja, na sardinha, no salmão e na ostra. Dos 30 aos 45, a sugestão de consumo diário de cálcio é de 1 000 miligrama ou três copos de iogurte natural. Dos 45 anos em diante, vai para 1 500 miligramas, o equivalente a quatro copos de leite ou três fatias de queijo branco.

8. Quem toma pílula anticoncepcional por muito tempo demora para engravidar e ainda corre o risco de ficar infértil.
As pílulas dos anos 60 tinham uma dose hormonal elevada e podiam levar à infertilidade. “As de hoje possuem quantidades mínimas de hormônio, o suficiente para enganar o hipotálamo e fazê-lo interromper a ovulação todo mês”, diz o ginecologista Wagner José Gonçalves, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em alguns casos, a gravidez pode demorar dois ou três ciclos até o sistema endócrino se dar conta de que pode andar com as próprias pernas. Se depois de pelo menos um ano de tentativa não houver sinal de bebê, vale checar se a pílula, ao regularizar o ciclo, não estava mascarando problemas que podem interferir na fertilidade, como a endometriose.

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