Câncer: inimigo silencioso

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Saiba como prevenir e tratar os tumores de pele, colo de útero e mama

Entenda o câncer

Descrito pela primeira vez há 2,5 mil anos, o câncer continua a quebrar a cabeça dos médicos. Apesar de todo o avanço da ciência nas últimas décadas, a doença é responsável por três de cada dez mortes no mundo. Mas existem boas notícias. Graças ao aperfeiçoamento dos métodos de diagnóstico e tratamento, o câncer já não representa uma sentença de morte. Flagrados em estágio inicial, mais de 60% dos casos têm cura.

Nos próximos slides, veja como evitar, identificar e tratar três tipos de câncer mais comuns: o de pele, o de mama e o de colo de útero.

Câncer de pele

O perigo do sol
Todo ano, surgem no Brasil 100 mil novos casos de câncer de pele. A doença é provocada por uma combinação de predisposição genética com excesso de exposição ao sol ao longo da vida. A gravidade depende do tipo de tumor. O carcinoma, responsável por 90% dos casos, não é muito perigoso e raramente provoca algo além da área afetada. Já o melanoma é um tipo muito mais agressivo e leva à morte se não for tratado a tempo. Dos pacientes com câncer de pele, 5% têm esse tumor. Saiba mais sobre eles.

Carcinoma
Esse tipo pode aparecer em duas formas. A mais comum, que os médicos chamam de basicular, surge a partir de uma ferida que não cicatriza no prazo de três semanas ou de um pequeno caroço, principalmente no rosto, no pescoço ou no tórax. Costuma atingir pessoas acima dos 40 anos. A outra, denominada carcinoma espinocelular, se manifesta mais a partir dos 50 anos e se apresenta como um nódulo. As áreas mais atingidas são o rosto, as orelhas e o couro cabeludo dos calvos.

Como tratar
Os dois casos exigem cirurgia. A operação consiste em retirar a área do tumor e, conforme a extensão, uma pequena área ao redor. Quando aparece em lábios, mucosas ou locais de inflamação crônica, é maior o risco de células cancerígenas caírem na corrente sanguínea e se fixarem em outro local, dando origem a novos tumores (metástase). Em casos assim, depois de realizar a cirurgia, os médicos costumam indicar radioterapia ou quimioterapia.

Melanoma
É o tipo mais grave de câncer de pele. Surge de uma pinta, que começa a crescer, sangrar, coçar e fica escura. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, inclusive regiões pouco expostas ao sol, como a virilha e a região ao redor das axilas.

Como tratar
Casos de melanoma exigem cirurgia e devem ser complementados com radioterapia e quimioterapia. Quanto mais cedo se iniciar o tratamento, melhor, pois o risco de o tumor se espalhar pelo corpo, atingindo órgãos vitais, como pulmões ou cérebro, é alto. Encontrado logo no início, porém, as chances de cura superam 95%.

Colo de útero

A maior ameaça é o HPV
O câncer de colo de útero mata 4 mil mulheres por ano no Brasil. Sua causa geralmente é um vírus - o papiloma humano, ou HPV. Adquirido pelo contato sexual, provoca 90% dos casos. Os principais sintomas são sangramentos, corrimento contínuo e dor durante as relações sexuais. Quando eles aparecem, no entanto, geralmente o câncer já está em estágio avançado.

Para prevenir
Evitar a infecção por HPV, usando camisinha, e fazer sempre exames para detectar sua presença são as duas medidas mais importantes. Por permitir um diagnóstico precoce, o papanicolau reduz em 90% o risco de morte.

Como tratar
Após o diagnóstico do câncer, os médicos pedem exames complementares para saber se o mal está restrito ao colo do útero ou se já invadiu outras áreas. O tratamento, em qualquer caso, consiste em uma cirurgia seguida de radioterapia. A operação retira o útero e alguns tecidos adjacentes e pode ser feita por corte na barriga ou pela vagina, por laparoscopia (um instrumento controlado a distância pelo cirurgião).

Tumor de mama

O grande inimigo da mulher
O câncer de mama atinge 35 mil brasileiras a cada ano. A doença aparece principalmente em quem tem predisposição genética. Uma mulher com mãe ou irmã que apresentaram a doença tem um risco de duas a quatro vezes maior de também contraí-la. Esse tipo de câncer está relacionado com a sensibilidade das mamas ao estrógeno, hormônio produzido pelos ovários antes da ovulação. Quanto mais ciclos menstruais, maior o risco da doença. Por isso, o perigo aumenta com a idade. E ele é maior também entre mulheres que não tiveram filhos ou as que engravidaram tarde, após os 30 anos. Quanto mais cedo for descoberto, maiores são as chances de cura.

Para prevenir
Os principais cuidados para descobrir o tumor bem cedo é se submeter aos exames de mama regularmente. A partir dos 20 anos, toda mulher deve fazer o auto-exame uma vez por mês. Após os 35, é necessário fazer também mamografia a cada dois anos. Depois dos 50, esse exame precisa ser anual. Quem tem casos da doença na família deve tomar cuidados especiais, como fazer ultra-som das mamas a partir dos 30 anos.

Como tratar
A cirurgia deve ser feita sempre. A extensão depende do tipo de célula cancerígena, do tamanho e do local do tumor. A lumpectomia remove o material canceroso e uma pequena área saudável ao redor dele. Na mastectomia parcial, o cirurgião retira ainda o revestimento do músculo. Nos casos mais graves, livra-se de todo o tecido mamário - é a chamada mastectomia radical. Pode ser necessário complementar o tratamento com radioterapia, quimioterapia ou terapia hormonal.

O valor da ginástica

Cerca de 60% dos casos de câncer estão associados a um estilo de vida inadequado. Diversos estudos já provaram os benefícios da prática regular de ginástica na prevenção da doença. De moderada a intensa, a atividade física aumenta a eficiência do sistema imunológico e a quantidade de substâncias antioxidantes no organismo, reduzindo os riscos de tumores. Além disso, ajuda a controlar o peso e a promover o equilíbrio hormonal, o que é bom para evitar o câncer de mama e próstata.

Dica
Comer grãos, frutas e verduras reduz o risco de vários tumores.

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