Problemas íntimos

sábado, 9 de janeiro de 2010

Quantas mulheres já se sentiram diminuídas, envergonhadas, sem ter como dar explicações de um problema que acometerá pelo menos uma vez durante a vida dela: o corrimento vaginal.

Longe de ser causado por má higienização apenas, esse problema íntimo constrange não só quem o tem, mas também destrói a auto estima da mulher que não consegue resolver a situação. Ela se sente culpada, não acredita que não possa ter uma solução definitiva (em alguma é recorrente). Para algumas têm, para outros, apenas suaviza. E mexe muito com a sexualidade da mulher, pois mexe com sua auto-estima.

E para aqueles que acham que ela é “porca”, na maioria não é nada disso.

A candidíase e monilíase se tornam cada vez mais difícil de curar. E muitas pacientes preferem ficar trocando de médicos por acharem que nenhum lhes dá a devida atenção ao seu problema. Vários medicamentos se tornaram resistentes ao fungo, causam alergias. Em muitas mulheres, o problema retorna com muita facilidade, por baixa resistência do próprio organismo. E é o que mais acontece. Fungos gostam de umidade. Um exemplo bom que achei em um artigo sobre o assunto é o pão. Sempre vem na embalagem “conserve em lugar fresco, longe da umidade e arejado, claro”. Outro exemplo bom são as frieiras, e porque elas aparecem? Porque não enxugamos entre os dedos, tornando os cantinhos lugares úmidos e escuros, propícios para que eles se reproduzam.

Pense: quais os locais do nosso corpo onde mais aparecem fungos? Cantinhos, dobras, lugares fechados, que precisam de ventilação, que sejam secos. Por isso os locais que mais se proliferam são as axilas, pés (entre os dedos), cantinhos da boca (o famoso sapinho), vagina, ânus. Em pessoas obesas, entre as dobras, pode-se verificar a presença de fungos. São nesses lugares perfeitos onde a monilíase e a candidíase costumam se manifestar.

Em alguns doentes crônicos ou com doenças ou situações que baixam a imunidade do nosso corpo, como diabetes, quimioterapia, gravidez, essas doenças se proliferam com mais facilidade. Em estados depressivos ou quando a mulher, um pouco antes da menstruação, baixa sua resistência, pode ocorrer também os sintomas de corrimento. Aliás, quando as doenças principais são tratadas de modo correto, o corrimento melhora sensivelmente.

Como evitar? O problema não é como evitar, mas em algumas, se conformar de ter uma maior propensão a esse problema. É duro, sim, mas só resta tomar os cuidados o resto da vida.

Relações sexuais, só com camisinha. É ruim, mas faz parte da mulher pensar na própria saúde, você nunca sabe se o homem com quem for ter relações ou outra pessoa não pode te contaminar. O homem pode conter esses fungos e ser inofensivo a ele. Você pode tratar e em cada relação, ele passará novamente uma quantidade x de fungos. E sexo anal sem camisinha. Não deve nem passar pela sua cabeça.

Muitos antibióticos pioram a situação ainda mais. Você pode se iludir um tempo, mas se for crônico, voltará. Porque fungos não são bactérias que você mata. Você limpa o local e qualquer descuido, pimba! Lá estão eles de volta ao local, te deixando mal.

Aqueles hábitos constantemente indicados desde que somos crianças como usar calcinhas limpas, não usar calcinhas de outras meninas, passar o fundo a ferro das calcinhas, não ficar com maiô molhado muito tempo, saber se limpar depois de defecar, não usar roupas apertadas (quem tem esse problema deve usar sempre calcinhas de algodão e saias, para que aja melhor ventilação). Muitas comidas também pioram o problema, por baixarem nossa resistência. E lavar sempre as mãos, mãos sujas em contato com a região vaginal podem trazer fungos. Aliás, a mão do parceiro sexual também.

E o pior, quanto mais você se higieniza na região genital, com sabonetes ou até duchas vaginais com auto medicação, mais você consegue fazer o ambiente se tornar propício a um novo tipo de fungo. Ou seja, se você usa medicação correta, passada por ginecologista, e segue uma rotina adequada, suas recidivas se tornaram menores.

Infelizmente, para aquelas que o problema é crônico, resta apenas se cuidar e prestar atenção ao estilo de vida que tem. O problema existe, se cuide. E melhore seu jeito de enfrentá-lo, não seja descuidada com aquilo que você tem de mais precioso, sua vida, com bem-estar físico, mental e emocional. Faça exames preventivos, analise seu estilo de vida.

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