Descobri a causa do cansaço depois de 20 anos: era fibromialgia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Passei a vida toda como preguiçosa, até que descobri minha doença. Hoje faço tratamento, sou disposta e feliz!

De vez em quando, ao acordar, meu marido brinca: ''Nossa, Pati, parece que você andou de moto a noite inteira''. Ele faz esse gracejo porque sempre tive um sono agitado, desde pequena. Falo à noite, mexo as pernas, ranjo os dentes, chuto... Na infância, eu não sabia disso, só quando alguém via e me contava. Mas, depois que me casei, quem sofria era ele, né?

Embora pesado, meu sono nunca foi profundo. Mesmo que eu dormisse muito, não conseguia descansar. Sabe aquelas pessoas que só saem da cama ao meio-dia e mesmo assim ficam exaustas? Pois é, era eu. Só 20 anos depois descobri que esse era o principal sintoma de uma doença: a fibromialgia.

Pensavam que eu fazia corpo mole

Eu era a preguiçosa da família, da escola e de todos os meios que frequentava. Todo mundo pensava que eu fazia corpo mole... Passei a vida inteirinha assim. Acordar, pra mim, era um sofrimento, a pior parte do dia. Depois de um tempo acordada, eu pegava no tranco. Mas até engatar, era complicado.

No começo, eu achava que era normal. Pensava assim: ''Cada um tem suas características. A minha é essa e pronto!''. Na adolescência, as coisas pioraram. Aí, não teve jeito. Fui a vários médicos. Todos diziam: ''É seu relógio biológico, Pati. Você deve respeitá-lo''. Conclusão: passei a vida toda escutando baboseiras que me fizeram conviver com algo que não fazia parte de mim.

Meu cansaço tinha solução

Na escola, eu estudava de manhã. Sempre chegava atrasada e simplesmente não aprendia nada que era ensinado nas primeiras aulas. Não tinha jeito. Só após o intervalo eu acordava de verdade. E as coisas continuaram da mesma forma depois que me tornei adulta. No trabalho, às vezes, as pessoas me cumprimentavam logo cedo. Depois de um tempo eu as encontrava novamente e cumprimentava de novo. Isso acontecia direto. ''Pati, você já me deu bom-dia três vezes hoje.'' Escutei frases desse tipo durante toda a minha vida.

Em 2000, eu estava em um evento do trabalho quando encontrei uma conhecida que era médica reumatologista. Começamos a conversar. Lá pelas tantas, comentei sobre o meu cansaço, em tom de desabafo. Então, ela me olhou curiosa e perguntou: ''Você também sente dores?''. Fiquei surpresa com a questão e respondi que sim, mas que era algo natural. Ao explicar melhor os sintomas, ela sorriu e me disse: ''Patrícia, eu sei exatamente o que você tem. Não existe cura, mas tem tratamento. Você não precisa mais sentir cansaço nem dor''.

O tratamento mudou minha vida

Dias depois, fiz uma consulta. A doutora diagnosticou a fibromialgia e me receitou um remédio para dormir. Quando acordei, de manhã, sozinha, disposta e sem dor, não acreditei. ''Amor, jura que não é normal sentir cansaço o dia todo?'', perguntei ao meu marido, surpresa.

Hoje, dez anos depois, ao me sentir um pouco mais molinha, recorro logo ao tratamento. Passei metade da vida de cara feia. Mas não era de raiva. Eu sentia dor e cansaço. Tinha que me esforçar muito pra fazer qualquer atividade. Se eu tivesse buscado ajuda antes, tudo seria mais fácil. Agora, quando alguém me diz que está muito cansado, recomendo: ''Não é normal ficar assim, procure um médico. Se você descobrir a causa, sua vida vai mudar pra muito melhor!''.

Cansaço pode ser sintoma de doenças graves

Você não precisa se preocupar com aquele cansaço que aparece após um dia intenso de trabalho ou depois de um período longo de exercícios. No entanto, é preciso prestar atenção se o cansaço for persistente, sem motivo aparente. Ou se vier acompanhado de outros sintomas, como perda de peso, queda de cabelo, sudorese noturna, falta de apetite, dores ou enjoos. O cansaço pode ser indício de dezenas de doenças, desde uma deficiência de vitaminas até algo mais grave, como um enfisema pulmonar ou câncer.

Procure ajuda médica se o cansaço sem motivo persistir por mais de uma semana. O melhor médico para descobrir o que há por trás do cansaço é o clínico geral. Ele vai investigar os hábitos de vida do paciente, fazer um diagnóstico, recomendar um tratamento e encaminhar a um especialista, caso seja necessário. ''Cansaço persistente com sono agitado e ronco pode ser sintoma de apneia noturna'', afirma o clínico geral Cláudio Rufino, da Universidade Federal de São Paulo. ''Se, além de cansado, o paciente estiver irritável e chorando fácil, pode ser depressão'', explica. ''Já se houver perda de peso, o paciente pode estar com um enfi sema ou até com câncer'', alerta o médico.

O cansaço persistente também pode ser uma doença por si só, e não estar associado a nenhum outro problema de saúde. Isso se chama fadiga crônica. Nesse caso, o médico pode orientar o paciente a mudar o seu estilo de vida: ''Esse tipo de quadro é comum quando a pessoa mora com quem não gosta, trabalha ou estuda com o que não gosta e está desiludida com o dia a dia''. Em todos os casos, no entanto, é essencial procurar ajuda médica.

Preste atenção se você:
. Perder produtividade no trabalho
. Perder o apetite sexual de uma hora pra outra
. Começar a se irritar facilmente
. Perder a paciência com facilidade com as pessoas do seu convívio
. Ter muito sono durante o dia e insônia à noite
. Começar a ter sono perturbado, cheio de pesadelos, e despertar muito durante a noite
. Começar a ter medo exagerado de situações normais do dia a dia
. Perder o apetite
. Perder peso
. Passar a perder o fôlego com facilidade
. Começar a ter dificuldades para completar tarefas do dia a dia que antes eram facilmente executadas

Doenças relacionadas ao cansaço:
. Câncer: com exceção do câncer de pele em estágio inicial, praticamente todos os tipos de câncer têm o cansaço persistente e sem causa aparente como um dos primeiros sintomas. ''O tumor consome muita energia do corpo para crescer, provocando exaustão'', explica o clínico geral Cláudio Rufino.

. Doenças respiratórias: pneumonia, rinite, sinusite, tuberculose, enfizema pulmonar, bronquite e asma, entre outras enfermidades.

. Doenças alimentares e digestivas: vermes e outros parasitas intestinais, gastrite, falta de vitaminas, inflamação no intestino.

. Infecções: o cansaço é sintoma de todo tipo de infecção por vírus ou por bactéria. ''Desde uma simples gripe até AIDS'', afirma o médico.

. Outras doenças: síndrome do colo irritável, fibromialgia, insuficiência renal crônica, hepatite B e C, fadiga crônica, apneia do sono, depressão, hipotiroidismo.

Diabete tipo 2: previna-se!

Se quer ficar longe do mal, que ataca mais as mulheres, aproveite o começo do ano para rever sua alimentação

Cuidados com a alimentação

No início do ano pipocam convites para festas e happy hours com todo tipo de comidas gostosas e calóricas... É só por não querer ganhar quilos extras que você deve maneirar? Ou o excesso de doçura e gordura pode deixá-la doente? A segunda resposta é sim.

Apesar de as chances de desenvolver diabete - distúrbio metabólico causado pelo aumento da glicose no sangue - crescerem apenas após os 35 anos, o que você faz agora é determinante para não engrossar estatísticas assustadoras: já são 246 milhões de diabéticos no mundo, e estima-se que a cada cinco segundos alguém entre para o grupo.

Por aqui, segundo o Ministério da Saúde, a doença atinge 6 milhões de brasileiros, sendo 90% dos casos do tipo 2. A boa notícia: diferentemente da diabete tipo 1, este pode ser prevenido ou adiado por muitos anos, se você se cuidar. A má: ataca mais as mulheres, conforme pesquisa do Ministério da Saúde em todo o país.

Confira, nos próximos slides, como deixar a diabete tipo 2 longe do seu cardápio de vida.

Como prevenir a diabete tipo 2

Ser louca por doces e carboidratos não é sinal de tendência à doença, mas uma dieta inadequada, rica em gorduras saturada e trans, açúcar e muitas massas e farinha branca, pode elevar o peso, principal fator de risco para a diabete tipo 2. A lista do que coloca você na mira:

Obesidade
Odilon Denardim, endocrinologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica, explica que a gordura muda o metabolismo. ''As células adiposas tornam-se resistentes à absorção da insulina, hormônio que varre o excesso de açúcar do sangue.'' O endocrinologista Antônio Lerário, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, completa: ''A teoria aceita hoje é que esse processo força o pâncreas a produzir mais dessa substância até levá-lo à exaustão e à diabete''. Moral da história: se você está ganhando quilinhos, melhor mudar o estilo de vida. Pois, segundo o endrocrinologista Marcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), 80% dos diabéticos do tipo 2 estão acima do peso.

Sedentarismo
Não fazer atividadefísica ajuda o ponteiro da balança a subir, provocando o problema acima.

Hereditariedade
Ter pais, irmãos e tios de primeiro grau com a doença coloca você no risco.

Stress crônico
Estudos mostram que o hormônio do stress, o cortisol, em exagero pode elevar as taxas de glicose no sangue.

Doenças endócrinas
Segundo Paulo Roberto Cesarini, clínico-geral com especialização em endocrinologia, algumas doenças endócrinas (síndrome dos ovários policísticos e doença da suprarrenal) causam resistência insulínica ou hiperinsulinemia (aumento da secreção de insulina pelo organismo), fatores que podem desencadear a diabete.

Distúrbios do sono
Enquanto a gente descansa e sonha, ocorrem processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio do organismo. Estudo americano mostrou que quem dorme mal é mais propenso à diabete tipo 2.

Diabete gestacional
Na gravidez, alguns hormônios bloqueiam a produção de insulina. ''Quem apresenta esse quadro tem predisposição à diabete do tipo 2 no futuro'', alerta Paulo Roberto Cesarini.

Remédios
Alguns medicamentos, como os que contêm cortisona, elevam o nível de glicose no sangue.

Como tratar a diabete tipo 2

Quando a doença está instalada, às vezes é preciso tomar insulina todo dia. Em outras, medicação oral, atividade física e a mudança na alimentação bastam para fazer o controle. ''O alto teor de fibras diminui o índice glicêmico'', fala a nutróloga carioca Regina Mestre. ''Melhora a saciedade e baixa a vontade de doce.''

Mônica Sauaia, 39 anos, está nesse estágio. Com pais e tias diabéticas, sobrepeso e diabete gestacional duas vezes, ela iniciou há um mês o tratamento e a dieta com contagem de carboidratos. ''Amo tomar café e leite muuuito doce. Mas estou proibida de chegar perto do açucareiro'', conta. Ela trocou o açúcar por sachês de adoçante. Teve também que reduzir a ingestão de leite para uma vez ao dia. Resultado: já perdeu 5 quilos, mas falta pegar firme na academia.

Já Hanna Ribeiro, 21 anos, descobriu num exame de rotina ser diabética do tipo 2. ''Meu peso aumentou de repente. E, como já sofria com problemas na tireoide, fui à endocrinologista, que viu que minha glicose estava acima do normal. Na época, soube ainda que sofria da síndrome dos ovários policísticos.'' Hoje, a estudante checa as taxas de glicose mensalmente. ''Tomo medicação específica. Apesar de não ser dependente de insulina, mantenho a dieta balanceada, evitando açúcar e carboidratos.''

Veja se você corre perigo

Ficou preocupada? Um exame de sangue pode avaliar se corre perigo real. Medir a taxa de glicose no sangue é importante porque nem todo mundo que desenvolve diabete apresenta sintomas claros, como ter mais vontade de fazer xixi, sede excessiva, vista turva, grande perda de peso em pouco tempo (mesmo comendo bem). Coceira vaginal, propensão a micoses e cicatrização difícil são outros sinais que precisam ser investigados rapidamente. No entanto, se você ainda não chegou aos 30, pratica esportes regularmente, está totalmente em paz com a balança, não tem histórico na família, não precisa encarar a picadinha. A partir dessa idade a recomendação é fazer o exame a cada três anos.

A pílula certa para você

Encontre o anticoncepcional que melhor se adapta ao seu corpo e às suas necessidades

Tipos de pílula anticoncepcional

Engana-se quem pensa que todas as pílulas são iguais: existem muitos tipos e marcas no mercado, e elas não são usadas só para evitar a gravidez. Hoje, as fórmulas mais modernas também servem para melhorar a pele, eliminar a cólica e acabar com a TPM. E o melhor: com poucos efeitos colaterais!

Estar em constante evolução é o que garante o sucessodas pílulas. "Elas são eficazes para evitar a gravidez e não trazem mais riscos de trombose, hipertensão ou aumento de colesterol", explica César Eduardo Fernandes, médico ginecologista e professor da Faculdade de Medicina do ABC.

A seguir, conheça os principais benefícios que a pílula pode te trazer, mas nada de se automedicar! Só um ginecologista é capaz de indicar o comprimido perfeito para você.

Quem não pode tomar anticoncepcional...

- FUMANTES ACIMA DOS 35 ANOS
O uso do medicamento pode aumentar o risco de trombose e embolia pulmonar. As pílulas combinadas (com estrogênio e progesterona) são contraindicadas.
Sugestão do médico:
Opte por pílulas só de progesterona. Elas servem para quem não tolera os estrogênios. A única desvantagem é que elas não exercem bom controle sobre o ciclo menstrual. Outra sugestão é o DIU.

- QUEM SOFRE DE TROMBOSE
Se você tem ou já teve trombose, não é recomendado que use as pílulas combinadas, pois elas podem ser prejudiciais à sua saúde.
Sugestão do médico:
Nesse caso, a mulher pode tomar uma pílula anticoncepcional à base de progesterona ou colocar o DIU (dispositivo intrauterino colocado pelo ginecologista no consultório, atua no organismo por cerca de cinco anos).

- PORTADORAS DE CÂNCER DE MAMA OU DE PROBLEMAS NO FÍGADO
Quem já teve algum tumor nos seios ou doenças graves no fígado, que comprometeram o funcionamento do órgão, não pode tomar pílula.
Sugestão do médico:
Converse com seu ginecologista para definir um método sem usar remédios orais. Pode ser a camisinha ou a laqueadura, caso você não pretenda ter mais filhos.

Pílula para dor de cabeça menstrual

A dor de cabeça menstrual ocorre quando você deixa de tomar pílula e passa a menstruar pouco.

O que fazer:
Os especialistas recomendam tomar pílulas com uma dose menor de estrogênios, que podem estar associados à dor de cabeça. Outra sugestão é reduzir o número de dias de pausa - ou seja, você toma 24 dias e para quatro. Há menstruação normal durante esse período.

Pílula para acne e pele oleosa

Mulheres com acne ou pele oleosa possuem um nível maior de testosterona (hormônio masculino) no organismo. Por causa desse hormônio, a pele fica mais oleosa e, consequentemente, tem mais tendência a sofrer com as espinhas.

O que fazer:
Para combater a acne, use pílulas anticoncepcionais que contenham estrogênio (normal na maioria), mas também as que são compostas de progesteronas diferenciadas (como drospirenona e ciproterona). Elas diminuem a produção de oleosidade na pele.

Pílula para TPM

As mulheres que sofrem com tensão pré-menstrual muito intensa podem amenizá-la com pílulas que contenham etinilestradiol e drospirenona. Esses compostos reduzem sintomas como retenção de líquido, inchaço e mau humor.

O que fazer:
Outra opção para quem tem TPM muito forte são as pílulas que emendam a cartela. Com elas, você não menstrua e não sente os sintomas chatos desse período.

Pílula para o pós-parto

A maioria das mulheres tem medo de engravidar enquanto amamenta - algo que realmente pode acontecer. Para elas, há pílulas especiais para esse momento. São as chamadas minipílulas, que não passam os princípios ativos do remédio para o leite.

"As minipílulas podem ser usadas seis semanas após o parto. Porém, como elas não controlam o ciclo menstrual, quando a mulher parar de amamentar é mais seguro que volte a tomar um anticoncepcional comum", alerta o ginecologista César Eduardo Fernandes.

O que fazer:
É recomendável ingerir pílulas sem estrogênio e com progesterona baixa. Elas são muito eficazes durante a amamentação.


Tireoide: cuide bem dela!

Entenda como o mau funcionamento da glândula tireoide dela pode afetar seu peso, seu intestino e até seu nível de estresse

Como a tireoide funciona?

Hipófise
Antes de a tireoide entrar em ação, a hipófise, outra glândula, deve dar o comando. Ela fica dentro da caixa craniana e controla a produção de TSH.

TSH
Este é o hormônio que manda a tireoide produzir mais hormônios T3 e T4, ambos responsáveis por controlar o metabolismo do organismo.

Tireoide
Esta glândula em formato de borboleta fica na base do pescoço. Ela produz os hormônios T3 e T4. O excesso ou a falta deles pode provocar doenças.

Salvação na cozinha
O iodo presente no sal é fundamental para a tireoide - mas só consuma até 6 g por dia!

Como fazer o autoexame de tireoide

Fazer o autoexame da tireoide pode prevenir até o câncer. Siga os passos e veja se há nódulos:

1. De frente para o espelho, localize com os dedos o ponto abaixo do ''gogó''.

2. Incline o pescoço para trás, para expor mais a região.

3. Beba água, pois ao engolir, a tireoide sobe e desce.

4. Durante os movimentos, veja se há caroço ou saliência. Caso haja alguma alteração, procure um endocrinologista.

Problemas de tireoide

1. Hipertireoidismo
O que é? - O organismo fica acelerado, pois os hormônios T3 e o T4 estão em excesso.

Causas - Inflamação na tireoide; aumento na produção dos hormônios; doença autoimune (quando o corpo combate a tireoide).

Sintomas - Perda de peso; intestino solto; tremor; queda de cabelo; cansaço; muita transpiração; irritabilidade.

Tratamento - Remédios prescritos que bloqueiam a fabricação de hormônios.

2. Hipotireoidismo
O que é? - Diminuição do metabolismo devido à falta dos hormônios T3 e T4.

Causas - Doença autoimune; deficiência na glândula; remoção da tireoide.

Sintomas - Intestino preguiçoso; cansaço; ganho de peso; alteração na menstruação.

Tratamento - ''Geralmente, é feita a reposição dos hormônios'', diz André Elias, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês.

3. Hipotireoidismo subclínico
O que é? - Transição entre o estado normal da tireoide e o hipotireoidismo. ''A hipófise tem que aumentar a produção de TSH para a tireoide produzir hormônios normalmente'', diz Alex Leite, do Hospital São Luiz.

Causas - Inflamação autoimune da tireoide.

Sintomas - Os mesmos do hipotireoidismo.

Tratamento - Reposição hormonal.

4. Câncer na tireoide
Causas - Depende do histórico familiar. Muitas pessoas têm nódulos na tireoide (cerca de 30 a 40% da população) - e ''4% desses nódulos podem ser malignos'', afirma o médico Alex Leite.

Sintomas - Aparecimento de nódulos na região.

Tratamento - A glândula deverá ser retirada se o paciente precisará repor hormônio através de medicamentos.

Previna-se da virose

Entenda mais sobre a doença tão comum que afeta o sistema digestivo e saiba como se proteger

O que é virose?

Primeiro, vale dizer que toda doença provocada por um vírus pode ser chamada de virose. ''É uma maneira genérica de chamar doenças quando não se consegue confirmar o vírus causador'', diz o infectologista Orlando Gomes da Conceição.

Ao se descobrir o vírus, aí, sim, o problema é chamado pela denominação específica: dengue, catapora e herpes são viroses. A gripe também: ''O vírus influenza sofre mutações, por isso pegamos gripe várias vezes na vida'', diz Marcelo Ferreira, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

No verão, no entanto, as viroses mais comuns são as gastrointestinais - aquelas que fazem mal ao trato digestivo, causando diarreia e enjoo. É sobre elas que falaremos.

Quais as mais comuns?

Entre as viroses gastrointestinais que afetam o intestino, o estômago, a boca, o reto e o ânus há dois tipos mais comuns. Conheça-os:

Rotavírus - ''É uma doença disseminada e fácil de ser transmitida. Por isso, raramente alguém chega à idade adulta sem entrar em contato com o vírus'', diz o infectologista Gustavo Johanson. Existe uma vacina para crianças a ser aplicada em duas doses: a primeira aos 2 meses e a segunda, aos 4.

Norovírus - Menos comum que o rotavírus, pode ser contraído em qualquer idade e causar surtos de gastroenterite (acontece quando uma família inteira viaja e todos voltam com diarreia).

O que ela provoca?

Todos os tipos de virose gastrointestinal têm sintomas bem parecidos. São eles: diarreia, vômito, mialgia (dores no corpo), dores abdominais e, em muitos casos, febre. Geralmente, o doente sente tudo isso durante um período de três a cinco dias. Vale dizer que a virose pode, sim, ser grave, já que vômitos e diarreia excessiva levam a quadros de desidratação. Por isso, é importante beber muito líquido - principalmente as crianças, que sofrem ainda mais com a perda de água do corpo.

Como ocorre o contágio?

Qualquer um é suscetível a ser infectado por viroses, principalmente através do contato com outras pessoas e secreções. Aliás, as doenças virais estão presentes ao longo de todo o ano. No inverno, elas se espalham pelo ar, pois todos tendem a ficar em espaços fechados. No verão, o maior risco de contaminação está na ingestão de alimentos ou água contaminada. "Também há disseminação do vírus através de meios aquáticos, como mar, piscinas e lagoas", explica o infectologista Jean Gorinchteyn. Isso acontece porque muita gente libera secreções na água, como fezes,e basta alguém engolir um pouco dessa água para pegar o vírus.

Como devo tratar?

O tratamento contra a virose gastrointestinal deve ser sintomático (trata os sintomas). Tome analgésico para dor no corpo e antitérmico em caso de febre - conforme a orientação médica! O essencial mesmo é hidratar-se, tomando bastante líquido - água e água de coco são boas opções.

A receita do remédio caseiro
Em casos de diarreia intensa, com risco de desidratação severa, o ideal é tomar o soro. É possível comprá-lo em farmácias ou fazê-lo em casa. Veja a receita: 1 litro de água filtrada ou fervida, 1 colher (sopa) de açúcar, 1 colher (chá) de sal. Misture tudo e beba. O sabor deve ser parecido com o da lágrima, ou seja, nem doce nem salgado.

Como posso prevenir?

. Tome cuidado ao se alimentar. Não tome água ou compre alimentos sem saber a sua procedência.

. Beba água mineral ou previamente fervida.

. Lave sempre as mãos, principalmente antes das refeições e depois de ir ao banheiro. E evite colocar as mãos nos olhos e na boca, já que essas mucosas são locais extremamente propícios para a entrada do vírus.

Cuide da sua visão

Miopia, hipermetropia, astigmatismo... Saiba como identificar e tratar os problemas de visão mais comuns

Miopia

O que é?
Sabe aquela pessoa que mal consegue ver objetos ou pessoas que estão longe? Ela é míope. A alteração ocorre porque, neste caso, a imagem não é formada sobre a retina, mas, sim, na frente dela. "A miopia tende a se desenvolver e progredir dos 5 aos 20 anos, mas não raro surge até os 40 anos", explica o oftalmologista Alvio Shiguematsu.

Como identificar?
É complicado checar se bebês têm miopia, pois eles não usam a visão de longe. No entanto, fique atenta ao comportamento do seu filho, ao seu próprio e ao e de seus parentes adultos: se assistirem TV muito perto do aparelho ou se aproximarem demais de livros para ler, por exemplo, é melhor ir ao médico.

A solução
A deficiência pode ser resolvida com óculos ou lentes de contato.

Hipermetropia

O que é?
Trata-se do oposto da miopia, ou seja, a imagem se forma atrás da retina. Resultado: a pessoa tem dificuldade para ver de perto ou sente cansaço ocular ao realizar atividades nas quais precise enxergar algo que está muito próximo. "Dor ao redor dos olhos e na cabeça são comuns nas pessoas que têm hipermetropia", diz o oftalmologista Newton Kara Jr.

Como identificar?
A maioria das crianças nasce com um pequeno grau de hipermetropia. Mas ele é compensado pela própria estrutura do olho. Se seu filho já reclamou de dor em volta dos olhos e na cabeça, principalmente após a aula, leve-o ao médico. Os sintomas são os mesmos em adultos.

A solução
Óculos ou lentes de contato resolvem o problema.

Astigmatismo

O que é?
Quem tem este erro de refração, na maioria dos casos, sofre com a dificuldade para enxergar de perto e também de longe. "Isso ocorre quando a córnea tem uma superfície irregular", afirma o oftalmologista Laércio Motoryn. Isso significa que os raios de luz não são focados todos no mesmo ponto sobre a retina, o que acaba por distorcer a imagem.

Como identificar?
Os primeiros sinais se notam ainda na infância, quando a criança começa a frequentar a escola e demonstra dificuldades no aprendizado. Aliás, muitas vezes, essas dificuldades são confundidas com falta de atenção da criança. Por isso, é importante levá-la ao oftamologista.

A solução
Normalmente, resolve-se com óculos ou lentes de contato.

Presbiopia

O que é?
Conhecida como "vista cansada", afeta pessoas a partir dos 40 anos. "Acontece quando o cristalino perde a elasticidade", diz Laércio Motoryn.

Como identificar?
É quando fica difícil focalizar objetos perto dos olhos.

A solução
Usar óculos ou lentes de contato.

Ambliopia

O que é?
Esta é séria: trata-se de uma deficiência que aparece enquanto a criança está formando a capacidade visual, entre 6 e 8 anos. Atrapalha a criação das imagens pelo cérebro e, se não for tratada no começo, fica para sempre.

Como identificar?
Como não há sinais claros, "leve a criança ao oftamologista nos primeiros anos de vida", diz o oftamologista Ronaldo Barcellos.

Hiper-hidrose: sintomas e tratamentos

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Conheça os sintomas e tratamentos da hiper-hidrose, doença que surge na adolescência e causa o aumento da transpiração

Ele tem uma função muito importante no corpo: controlar a temperatura. No entanto, o suor pode ser um sinal de um sério problema de saúde, a hiper-hidrose.

"Nesse caso, as áreas afetadas são pés, mãos e axilas", diz o cirurgião plástico Victor Cutait, da Clínica Bioplástica Brasil, em São Paulo. Rosto, peito, costas e bumbum também sofrem com a transpiração excessiva.

Ainda não se sabe a causa da hiper-hidrose, que surge na adolescência e é mais comum em pessoas ansiosas. Quem tem o problema sofre com o constrangimento de ter mãos e pés sempre molhados e gelados, ou a roupa marcada por aquelas horríveis rodelonas de suor.

Se você desconfia de que tem hiper-hidrose, consulte um dermatologista. Quando o problema é leve e concentrado apenas nas axilas, basta usar um desodorante para conseguir bons resultados. Caso contrário, há outras opções de tratamento, que vão de remédio a cirurgia. Confira...

 

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