domingo, 15 de agosto de 2010

Pílula do dia seguinte, quando tomar?

Impedir uma gravidez indesejada em situações de emergência. Essa é a função da pílula do dia seguinte.

No entanto, há mulheres que confiam tanto no poder dela a ponto de 'esquecerem' de tomar o contraceptivo convencional ou serem relapsas quanto ao uso da camisinha. Claro que esse tipo de comportamento é totalmente equivocado – e perigoso! 'A pílula do dia seguinte deve ser utilizada o mínimo possível', diz Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O alerta é extremamente necessário porque o medicamento cai no organismo como uma bomba de hormônios, alterando até o ciclo menstrual. Além disso, o efeito pode diminuir se ela for tomada repetidas vezes. Viva! mostra abaixo mais verdades sobre a pílula do dia seguinte.

Como funciona?

1. Antes da fecundação, a pílula age deixando o muco cervical, localizado no
canal do colo do útero, mais espesso. Esse efeito é uma tentativa de impossibilitar a passagem do espermatozóide.

2. A sobrecarga inicial de progesterona ajuda a impedir a liberação do óvulo pelo ovário, evitando, dessa forma, uma gravidez indesejada.

3. Depois de elevar o nível de progesterona, a pílula derruba a taxa do hormônio, fazendo com que a mulher sangre nos próximos cinco dias após a ingestão do remédio.

Cinco fatos sobre a pílula do dia seguinte

Segunda opção

A recomendação dela se restringe a casos de vítimas de violência sexual e de falhas dos métodos tradicionais de prevenção, como camisinha furada (em geral, por ter sido colocada de maneira errada), problemas com a pílula convencional, deslocamento do DIU ou do diafragma. Para fazer efeito, deve ser ingerida até 72 horas depois da relação sexual. Se tomada nas 12 primeiras horas, melhor. Com o passar do tempo, a eficácia, que varia de 85% a 90%, pode diminuir.

Bomba de hormônios

O remédio carrega uma elevada carga de progesterona. Isso significa que o ciclo menstrual pode ser alterado, atrapalhando o cálculo do período fértil e a previsão da próxima menstruação. As taxas hormonais são tão afetadas que, nas 48 horas após a ingestão, a mulher pode sentir enjoos, mal-estar, tontura ou dor de cabeça. Em caso de vômito ou diarreia até duas horas depois de ingerida, outra dose da pílula do dia seguinte deve ser administrada.

Hora da ação

Do ponto de vista médico, a pílula do dia seguinte age antes da fecundação, dificultando o encontro do espermatozóide com o óvulo. Se a gravidez já tiver sido consumada, ele não tem mais ação.

Contraindiação

Comprada em drogarias ou distribuída de graça em postos de saúde, com prescrição médica, não deve ser tomada por quem sofre de trombose (coagulação do sangue nas veias, em especial das pernas, que pode migrar para os pulmões e levar à morte). As elevadas taxas de hormônios podem aumentar a coagulação sanguínea.

Não é antioncepcional

Não custa repetir que a pílula do dia seguinte não substitui qualquer outro método contraceptivo nem protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Ou seja: nada de trocar a camisinha, a pílula convencional ou qualquer outra forma de proteção pelo método de emergência.

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