A importância do beijo

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Para manter o apetite sexual em alta, o beijo é essencial na relação


Beijo de menos

Falta de beijo na boca. Por esse motivo, a nutricionista curitibana Samara da Cunha, 27 anos, resolveu pôr fim a um namoro de mais de três anos. Antes de tomar essa decisão radical, ela bem que tentou atrair os lábios do namorado para os seus com leves mordidinhas, diversas vezes.

Não adiantou. Sete meses e inúmeras dentadas depois, o jeito foi partir para uma DB (a sigla vem de "discutir o beijo"), que também não levou a nada.

"Beijo de língua só rolava durante o sexo", conta Samara. "E para mim não bastava. Para ter vontade de cair na cama, eu precisava beijar antes, para me inspirar. Como não acontecia, não sentia vontade de transar. Beijo envolve sentimentos, sabe?"

Beijo como preliminar

Sim, todo mundo sabe que beijo envolve sentimento. Tanto é que a recusa das prostitutas em ceder seus lábios à clientela, alegando excesso de intimidade, caiu na boca do povo. A ciência não comprova o fato, que pode sim ser lenda urbana. Por outro lado, no campo das estatísticas, existem números que demonstram que beijar, para a grande maioria dos brasileiros, é sim de extrema importância - antes, durante e depois do sexo.

Das 7.100 pessoas entrevistadas numa pesquisa da terapeuta sexual Carmita Abdo, do Hospital das Clínicas de São Paulo, 89% defenderam o encontro de lábios como uma preliminar necessária. As 11% restantes afirmaram que beijar só interessa mesmo no meio do rala e rola. No fim das contas, 100% concordaram: pelo menos entre lençóis, o beijaço é fundamental!

A relação do beijo com o sexo

Os lábios da boca guardam semelhanças com o clitóris, principal motorzinho do prazer feminino - essa seria uma das explicações de por que mulheres, principalmente, amam beijar. Ambos os órgãos têm intensa irrigação vascular e escondem suas terminações nervosas sob uma fina mucosa, o que os tornam supersensíveis. Além disso, a boca é a primeira parte do corpo com a qual exploramos o mundo, a partir do peito da mãe.

Trocando em miúdos, por meio dela somos apresentados à noção de prazer (no caso, o da alimentação). A cada encontro com um novo parceiro, os lábios acabam por revelar se a relação terá ou não futuro sexual. O cheiro do outro, o gosto, a textura e a temperatura da pele... Tudo isso já pode ser sentido no beijo. Ou seja: é no encontro de lábios que nasce e morre o tesão. Ou o amor.

"O beijo implica, ao mesmo tempo, acesso ao corpo do outro e uma entrega talvez maior do que a da transa", avalia o psicanalista e escritor Contardo Calligaris. "Nele, o amor está quase sempre misturado." Tanto que, quando o desgaste contamina um relacionamento, o contato labial vai ficando cada vez mais diplomático, até chegar a um selinho, no máximo.

"A partir do momento em que não há mais vontade de dar beijo de língua, a relação sexual também fica comprometida", afirma Carmita Abdo. "O beijo não mexe só com o corpo da pessoa, mas também interfere no seu estado psicológico."

Academia do Beijo

Depois de constatar que falta de beijo costuma ser problema comum entre casais que estão há muito tempo juntos, a psicoterapeuta americana Cherie Byrd resolveu fundar a Academia do Beijo (www.kissingschool.com.br), em Seattle, Estados Unidos, onde oferece cursos e tratamentos relacionados à questão.

Todos os meses, desde 1998, Cherie recebe centenas de inscrições e perguntas de gente com dificuldade para beijar com gosto. "Apenas 30% dos casos revelam crises sérias de relacionamento", diz Cherie. "A maioria dos casais simplesmente precisa combater a rotina. Recomendo que se entreguem a beijos libidinosos, como lição de casa mesmo."

Tratamento boca a boca

A estudante de fisioterapia Andréia Peixoto, 22 anos, conhece bem essa história. Afinal, foi beijando que ela conseguiu revitalizar o seu namoro de um ano e sete meses. "As coisas foram ficando meio mornas e um dia o Eduardo reclamou que eu não o beijava mais como no início do relacionamento", lembra Andréia.

Depois de ouvirem o conselho de uma amiga psicóloga, os dois resolveram dedicar dez minutos diários para um boca a boca, digamos, mais entusiasmado. E não é que deu certo?

"Esse exercício nos ajudou muito, porque acordou o tesão", diz Andréia. Então, para prevenir futuros dramas conjugais, anote aí esta receita fácil e deliciosa: beije, beije, beije...

Para beijar melhor

Considerado o mais completo livro sobre posições sexuais de todos os tempos, o Kama Sutra tem um capítulo inteiro dedicado ao beijo. O indiano Vatsyayana, que escreveu esse manual do sexo no século 4, descreveu diversas formas de inovar na hora de colar boca na boca.

O beijo pode ser do tipo moderado, contraído, pressionado, nominal, emotivo, tateante, suave, direto, inclinado, voltado ou apertado. Tem também um tal de "beijo colante", que só pode ser dado em homem sem bigode!

Lentes de contato: como cuidar delas

Se resolveu aderir às lentes de contato, fique de olho em uma pequena lista de cuidados essenciais

Antes de mais nada...
Cerca de dois milhões de brasileiros usam lentes de contato, segundo dados do Instituto de Moléstias Oculares (IMO). Desse total, 72% são mulheres. Antes de abandonar seus óculos e aumentar esse contingente, saiba que é necessário passar por uma consulta médica. ''É importante verificar o diâmetro da córnea, a sensibilidade e curvatura para saber se o paciente se adapta às lentes'', explica Sandra Falvo, oftalmologista do IMO. Existem córneas com curvaturas incompatíveis com a das lentes. Dependendo do tipo do problema, as lentes rígidas são mais indicadas.

Sempre limpinhas
Compradas as lentes, o segundo passo é aprender a cuidar delas. Lave-as diariamente com solução multiuso antes e depois de colocá-las. Para guardá-las no estojinho, esfregue-as suavemente com a ponta do dedo indicador para evitar o contato com as unhas. ''Isso remove a sujeira que fica na superfície'', ensina Maria Beatriz Guerios, oftalmologista do IMO. A solução multiuso da caixinha deve ser trocada diariamente. E nada de enxugar as mãos antes de levar as substitutas dos óculos aos olhos! Pelinhos da toalha ou resíduos de papel podem contaminá-las novamente. Guardar a caixa de lentes na geladeira também diminui o risco de acúmulo de bactérias.

Nada de soro
Nem o soro fisiológico nem a água são indicados para limpar as lentes. A solução multiuso é específica para a limpeza porque contém agentes antibacterianos e substâncias que funcionam como um detergente. Ela limpa e ainda mantém as lentes hidratadas.

Inimigos íntimos
Ar-condicionado, poluição, claridade excessiva e até a tela do computador podem ser arqui-inimigos de quem usa lentes de contato. Contra isso tudo, um só aliado: o colírio lubrificante, que deve ser aplicado no máximo de cinco a seis vezes por dia. É importante agradar os olhos, mas sem exageros.

Respeite o prazo
As lentes têm um prazo de validade que deve ser respeitado. ''Depois disso, elas começam a sofrer um processo de degradação. Podem acumular bactérias e até fungos que, em contato com os olhos, geram desconforto, e servem como porta de entrada para o desenvolvimento de diversos processos infecciosos, como a úlcera de córnea'', alerta Renato Garcia, oftalmologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Por isso, se as lentes foram feitas para durar vinte dias, use-as somente por esse período.

Evolução da espécie
Quanto mais tecnológicas melhor. Uma das novidades mais recentes do setor de produtos oftalmológicos é a lente feita para quem trabalha horas a fio em frente ao computador, ou exposta ao ar-condicionado, ou frequenta locais poluídos e esfumaçados. Ela contém mais agentes hidratantes e proporciona maior conforto aos olhos. Há também lentes que devem ser descartadas diariamente, boa opção para as mais desencanadas, que perdem ou não cuidam direito delas.

Lúpus: sintomas e tratamento

Saiba mais sobre o lúpus, uma doença do sistema imunológico que não tem cura - mas pode ser controlada

Cerca de 50 mil brasileiros convivem com um mal que atinge vários órgãos do corpo: o lúpus eritematoso sistêmico. Esse número, num país de 180 milhões de habitantes, mostra que se trata de uma moléstia rara. Infelizmente, porém, ela é gravíssima e causa muito sofrimento às suas vítimas.

O lúpus faz parte do grupo das chamadas doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide, o diabetes juvenil e a síndrome de Hashimoto, que destrói a tireóide. São males que têm origem numa confusão do sistema imunológico, que passa a atacar partes do próprio organismo como se fossem inimigos. O lúpus afeta várias regiões do corpo, podendo provocar 16 diferentes sintomas (lista ao lado).

A doença é incurável. A boa notícia é que, ao contrário do que acontecia até algumas décadas atrás, quando o diagnóstico desse mal significava uma sentença de morte, hoje a medicina conta com vários medicamentos para prevenir e combater os sintomas do lúpus. “O tratamento permite o controle da atividade da doença e uma boa qualidade de vida aos pacientes”, afirma a médica Emilia Sato, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Para o futuro, há a esperança de que os estudos com células-tronco ou outras pesquisas científicas tragam a cura ou diminuam ainda mais o sofrimento dos pacientes.

Leitora que convive com a doença há vários anos dá sua receita para lidar com ela

''O lúpus surgiu na minha adolescência e já tive muitas crises. Quando as coisas estão bem, vem a doença e me 'puxa o tapete'. Sim, tenho limitações. Mas a vida nos oferece várias opções. Não consigo correr uma maratona. Mas sou uma cozinheira de mão-cheia! De que adianta reclamar? Lamúrias só afastam quem gosta de você. A doença me trouxe sofrimento, mas também serenidade. Aprendi a recomeçar sempre. A usar os maus momentos para crescer. Valorizar o que a vida nos oferece de bom sem desperdiçá-la. Aprender a ser feliz é bom demais!''

Saiba se é lúpus

Confira os 16 principais sintomas do lúpus e veja se você tem a doença

As questões a seguir se referem aos principais sintomas da doença. Se você responder sim a três ou mais perguntas, procure um reumatologista

1. Já teve queda acentuada de cabelo sem causa conhecida?

2. Sofreu alguma convulsão ou teve uma súbita confusão?

3. Já se sentiu extremamente fraca, cansada ou dolorida durante vários dias ou semanas?

4. Apresentou uma febre superior a 38º C por mais de três dias, sem saber a causa?

5. Seus olhos ou sua boca já ficaram irritados ou secos demais por várias semanas?

6. Teve feridas na boca ou no nariz que duraram mais de uma semana?

7. Apresentou manchas vermelhas no formato de borboleta no nariz ou nas bochechas?

8. Sentiu dores fortes no peito ao respirar fundo?

9. Já perdeu peso sem explicação ou teve dor abdominal que piorava ao respirar?

10. Algum exame já detectou a presença de proteína na sua urina?

11. Já sofreu com inchaços em pernas e tornozelos ao mesmo tempo?

12. Teve anemia ou apresentou baixa contagem de glóbulos brancos ou plaquetas no sangue?

13. Seus dedos já ficaram azulados, adormecidos ou doloridos demais no frio?

14. Já teve problema de coagulação do sangue?

15. Após se bronzear, já viu manchas diferentes das queimaduras de sol na sua pele?

16. Sentiu rigidez ou inchaço nas articulações?

Origem é um mistério

A causa do lúpus ainda é um mistério. A explicação mais aceita é a de que algumas pessoas nascem com uma predisposição genética para desenvolver esse mal, mas ele pode ficar adormecido por toda a vida ou ser despertado por fatores ambientais. Muitas vítimas manifestam o lúpus após exposição ao sol, estresse, traumas ou infecções. O mal atinge principalmente mulheres em idade reprodutiva. A proporção é de dez mulheres para cada homem. Não existe um exame próprio para descobrir se a pessoa tem a doença. Por isso, muitas vítimas demoram meses ou até mesmo anos para ter o diagnóstico correto, que é feito com base nas dores relatadas pelo paciente e em exames que identificam inflamações no organismo.

Gastrite: sintomas e causas da doença

Saiba comop prevenir e tratar a gastrite, aquela queimação no estômago que piora com o estresse

Vire e mexe você sente que seu estômago está pegando fogo? Então é bom ficar alerta: pode ser gastrite. A inflamação da mucosa do estômago é uma doença típica dos nossos tempos. Quanto mais corremos e mais ansiosas ficamos, maior a probabilidade dessa incômoda enfermidade se instalar no nosso organismo.

De acordo com Carlos Mott, professor de gastroenterologia da USP e médico do Hospital Sírio-Libanês, a ansiedade libera adrenalina, que pode provocar aumento em três ou até quatro vezes da produção de ácido clorídrico no estômago (responsável pela digestão dos alimentos). Em grande quantidade, o ácido irrita a mucosa e causa inflamação.

A grande incidência de gastrite ocorre justamente entre os 20 e os 40 anos, fase que costuma ser a mais produtiva da vida e, por consequência, de maior pressão e competitividade. ''O estômago é o principal órgão de choque das nossas emoções'', explica Laércio Lourenço, professor de gastroenterologia cirúrgica da Unifesp.

A ansiedade não é a única causadora do problema. Qualquer substância que favoreça a produção do ácido clorídrico pode detonar a doença. Elas são mais comumente encontradas em medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou de cálcio. Outros incentivos são a ingestão constante de alimentos condimentados (picles, pimenta-do-reino e outros tipos de pimenta), consumo excessivo de álcool, café ou cigarro, ou tempo prolongado de jejum. Há ainda outra vilã, descoberta recentemente: a bactéria Helicobacter pylori, encontrada na água e em alimentos contaminados. Segundo Mott, cerca de 70% da população brasileira está infectada por ela, mas nem todo mundo desenvolve gastrite. ''Depende da capacidade imunológica de cada organismo'', explica.

Uma briga na barriga

Os sintomas mais comuns da doença são dor na região do estômago, enjoo, digestão difícil (sensação de estufamento, de peso) e queimação. Para diagnosticá-la, é essencial procurar um médico. Só ele poderá verificar qual a causa e o tratamento indicado para cada caso. A Helicobacter pylori, por exemplo, é combatida com o uso de antibiótico combinado com substâncias que inibem a produção do ácido clorídrico. É importante também saber qual é o grau da doença (leve, média ou intensa) e se ela é aguda (acontece num momento específico) ou se tornou crônica (para toda a vida).

Carlos Mott afirma que poucos alimentos (salvo os citados acima) são capazes de provocar gastrite, mas alguns deles devem ser evitados quando o estômago estiver inflamado: os cítricos e ácidos (abacaxi, limão, laranja, tomate), os gordurosos (frituras e carnes gordas) e comidas muito temperadas. Além, é claro, do café, álcool e cigarro. O motivo? Tudo isso pode piorar os sintomas. "Se você jogar limão na pele sadia, não vai doer. Mas se ela estiver machucada, o limão vai provocar ardor. A lógica é a mesma para o estômago", explica o gastro, que recomenda uma dieta leve até que o órgão se recupere.

Uma câmera no seu estômago

O exame mais certeiro para detectar a gastrite é a endoscopia. Uma pequena haste flexível equipada com uma microcâmera é introduzida pela boca e desce até o estômago. Nada de pânico! O exame é indolor, dura em média dez minutos e rola com o paciente sedado. Pode ter certeza de que você não vai nem se lembrar dele. Mas vai dormir muuuito nas horas seguintes.

Novo controle de diabetes

Universidade brasileira cria um método inovador e barato que ajuda a combater esse mal

Toda pessoa que sofre de diabetes sabe como é difícil controlar o sobe e desce das taxas de açúcar no sangue. Muitas vezes, esse descontrole pode trazer problemas incuráveis, como deficiência nos rins, derrame e até cegueira.


Preocupados em melhorar a qualidade de vida dos diabéticos, uma equipe da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveu um novo método que promete controlar a doença de uma vez por todas.

"Esse exame é revolucionário", diz Augusto Pimazoni, coordenador dos Grupos de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Unifesp. "Com ele, é possível normalizar as taxas de glicemia de 70% dos pacientes, principalmente os portadores de diabetes tipo 2", explica. O método é realizado por meio de um medidor digital de glicemia, em que a pessoa mede os níveis de açúcar no sangue seis vezes ao dia, durante três dias.

Tratamento individual

Os dados colhidos ficam armazenados no aparelho. Quando o paciente retorna ao consultório médico, os resultados do medidor digital são transferidos para um computador e analisados, fazendo com que o tratamento seja mais eficiente e de acordo com as necessidades de cada paciente.

Esse exame já pode ser usado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda está restrito à cidade de São Paulo. Descubra todos os benefícios que essa nova técnica pode trazer na luta contra o diabetes.

5 vantagens do novo diagnóstico

1. Controle rápido
Enquanto os métodos tradicionais levam até três meses para normalizar as taxas de glicose no sangue, o novo diagnóstico alcança resultados precisos em cerca de quatro semanas.

2. No conforto do lar
Os testes para determinar a dosagem dos medicamentos são feitos em casa. O paciente recebe um monitor que realiza de seis a sete medições por dia, durante três dias seguidos. Os exames são feitos antes e depois das principais refeições.

3. Equipe médica completa
Durante o tratamento, o paciente recebe a ajuda de uma equipe composta por vários especialistas. São médicos, nutricionistas, enfermeiras, psicólogos e educadores físicos. Tudo para garantir o controle da doença.

4. Exames constantes
Nos métodos tradicionais os médicos realizam exames esporádicos para saber como anda a saúde do paciente. Neste tratamento, os testes são frequentes. Assim, as correções na dosagem dos medicamentos são feitas sempre que for necessário.

5. Maior prevenção contra doenças simultâneas
O resultado mais rápido desse novo exame pode proporcionar uma melhora no bem-estar dos pacientes e é capaz de prevenir inúmeros males comuns em pessoas com controle inadequado do diabetes, como comprometimento da visão, problemas nos rins e no sistema nervoso.

 

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